Predatory Marriage - Cap. 109

Tradução: LadyDragon

Revisão: Hori

Capítulo 109 – A proposta (1)

Os dedos de Blain esticaram a corda do arco, nem um de seus servos ousou questionar com medo da personalidade brutal do príncipe. Os escudeiros e caçadores que o acompanhavam temeram que a corda fosse solta, prendendo a respiração no meio do momento de tensão, ao contrário de Ishakan, que abriu um sorriso. Ainda que seu olho pudesse ser perfurado naquela distância, por uma flecha, ele parecia descontraído, se divertindo com os olhos brilhando pelo desafio.

— Você pode soltar a corda?

Ele perguntou em tom arrogante.

— Um bebê que só obedece às ordens da mamãe e nunca solta da barra da saia dela.

— …

A mão que segurava a corda do arco não parava de tremer enquanto a respiração se agitava com a tensão, em consequência a ponta da flecha não parava de balançar com o rei Kurkan na mira.

— Você nunca faz nada sozinho, sempre usa golpes sujos. Você nem sabe o que quer, acabou de usar a princesa como escudo.

Ishakan acariciou o queixo mantendo sua voz firme.

— Olhe ao seu redor, príncipe herdeiro! Ninguém aqui vai te proteger agora, o que você vai fazer?

Seus olhos dourados brilharam afiados sobre a sombra da floresta que os cercava, sussurrou apenas para Blain ouvir.

— Você pode atirar essa flecha em mim?

Blain rangeu os dentes, murmurando uma série de insultos. Quando viu os olhos de Ishakan se curvarem excitados com a provocação e zombaria, Blain acabou fazendo algo que não deveria ter feito.

O som da flecha ecoou.

— …

Blain prendeu a respiração, suas mãos estavam tremendo tanto que o disparo não acertou o olho dourado, entretanto, a flecha fincou no ombro moreno.

Em um piscar de olhos a cena toda aconteceu, Ishakan revidou erguendo o próprio arco e atirando no cavalo que Blain montava. O cavalo empinou, relinchando, Blain caiu na terra, seguido por Ishakan, que pisou em seu pulso, o barulho de ossos estralando pode ser ouvido com o impacto.

— Sua Alteza!!!

O som de caos dominou explodindo na floresta, os servos de Blain gritaram, e os cavaleiros sacaram suas espadas. Entre os humanos barulhentos, apenas os Kurkans permaneceram quietos, continuavam a assistir, sem expressão e sem emoção, como se tivessem previsto a confusão que vinha. Mas quando os cavaleiros se aproximaram, eles se moveram para impedir que chegassem até aos dois, dessa vez eles não iriam salvar o príncipe.

— Saiam do caminho!

— Não podemos fazer isso. Foi o príncipe herdeiro que propôs uma luta por domínio hierárquico.

— Domínio hierárquico!? Que absurdo, isso é grosseiro e bárbaro!

Haban com um rosto inexpressivo, advertiu o cavaleiro desenfreado que gritava.

— Vá, se você quiser morrer.

— …

Os Kurkans olharam para eles com frieza, embora não houvesse nem dez guerreiros ao certo, os cavaleiros recuaram com o rosto demonstrando medo.

Quando a perturbação começou atrás dele, Ishakan puxou a flecha de seu ombro e a jogou no chão, agarrou Blain pelo pescoço enquanto o sangue que escorria do ferimento era ignorado. Blain estava lutando com todas as suas forças tentando se soltar, mas seus pés não tocavam o chão e seu pulso quebrado estava torcido em uma direção estranha.

Ishakan sorriu para Blain, como se fosse matá-lo naquele instante.

— Não foi você quem atacou primeiro?

As palavras de Ishakan estavam cheias de sinceridade.

— Agi em legítima defesa, príncipe herdeiro.

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A caçada terminou da pior maneira possível.

Blain foi levado de volta em uma carroça, parecendo um dos animais troféu. Cerdina esqueceu seu porte real e se comportou como se tivesse enlouquecido, muitos ficaram surpresos e acharam estranho ver a rainha geralmente gentil e calma quase delirando, mesmo que o motivo fosse a lesão de seu filho. Chorando freneticamente, ela viu os Kurkans se aproximando e os observou com olhos enraivecidos e vermelhos, se fixou em Ishakan, embora sua aparência demonstrasse outra coisa sua voz soou calma.

— Foi um acidente inesperado.

Os cantos de seus lábios se ergueram. Com um sorriso assombroso proferindo palavras cheias de malícia.

— Você vai se arrepender disso, Rei.

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