I Found a Husband When I Picked up the Male Lead - Cap. 97
Tradução: Hori
Capítulo 97
— Haaaa
Lizelle bocejou alto e caminhou pelo corredor.
Ela estava saindo depois de ler um livro para Raphelion porque Raphelion queria brincar com ela antes de dormir.
Esses dias, Raphelion não veio visitá-la no quarto com Chester, mas foi dormir em seu quarto.
Ele gostou das ferramentas mágicas que Chester instalou, então ele adormeceu observando a ilusão mágica do céu noturno todas as noites.
Lizelle, lembrando-se do rosto angelical adormecido de Raphelion, sorriu e foi para seu quarto.
Mas logo ela teve que parar de andar.
“— E espero que você me chame pelo meu nome esta noite.”
O que Chester disse hoje de repente veio à mente.
“Não, o que devo pensar depois disso…?”
O que diabos há de errado em chamá-lo pelo nome à noite…?
Lizelle estava tão tensa que não conseguia mover o corpo com facilidade.
“Oh, eu tive uma pequena sensação de antecipação do que vai acontecer…”
— Cof, cof…!
Lizelle, que estava se imaginando envergonhada, tossiu alto e olhou em volta. Ela estava com medo de que outras pessoas pudessem ter descoberto seus pensamentos. Foi quando.
— Hick…
Um soluço ecoou no corredor. Era um som fraco, ela teve que ouvir com atenção, mas definitivamente era um choro.
Naquele momento, Lizelle ficou arrepiada e estremeceu.
O corredor estava escuro e ninguém passava.
Ela pensou que o tinha ouvido mal, mas os soluços continuaram.
“O que é?”
A janela do corredor está aberta? Ou… ela ia deixar pra lá, mas ela se lembrou das palavras de Tia de que um fantasma soluçando aparecia nos corredores todas as noites.
Vamos, talvez…
Ela olhou ao redor do corredor com os olhos apertados. Mas não havia nada de anormal.
Lizelle engoliu em seco sem perceber.
Foi porque ela nunca teve medo. Porque ela não acredita em fantasmas.
— Sinff…
Mas no caminho para o quarto, os soluços ficaram mais altos. O choro era óbvio demais para ser ignorado.
“Oh, vamos. Não pode ser real…”
Ela apertou seu corpo com as duas mãos com um rosto pálido.
Foi o momento em que ela tentou andar rápido porque achou que seria melhor ir rapidamente para o quarto.
— Mãe… hick…
A palavra “mãe” perfurou sua orelha como uma flecha.
“Não pode ser.”
Lizelle olhou para o corredor distante. Ouvindo com atenção, ela podia ouvir uma voz jovem entre os soluços tristes.
Naquele momento, uma pessoa veio à mente.
Ela se moveu lentamente na direção do som.
E quando lá chegou, viu Einsia de pijama branco, agachada sob a janela do corredor.
— Einsia?
— Lizelle…
Surpresa, Einsia se levantou apressadamente.
Ela apressadamente tentou esconder o material em sua mão, mas Lizelle podia ver claramente que a imagem que aparecia na ferramenta mágica, um ‘retrato de família’.
— Dormir, não consegui dormir…
Einsia divagou, esfregando as bochechas manchadas de lágrimas com as mãos.
— …
Lizelle a observava silenciosamente.
Sim, não há como não sentir falta da sua família. Einsia tinha apenas cinco anos.
Ela não se abriu para ninguém, ela não mostrou para ninguém… ela vem suportando a solidão sozinha todas as noites…
Lizelle estava com o coração partido.
Especialmente quando ela viu Einsia tentando não demonstrar mesmo quando ela foi pega chorando.
Os olhos de Lizelle ficaram vermelhos com o quão madura ela era em uma idade jovem.
Lizelle abaixou sua postura e silenciosamente abraçou Einsia com os braços.
Ela podia sentir o corpo de Einsia em seus braços, muito delicado e pequeno.
— O quê? Não, estou bem, Lizelle. É apenas…
— …
— É que eu não consegui dormir…
Lizelle não abriu a boca, não importa o que Einsia dissesse.
Ela simplesmente lhe deu um abraço caloroso e lhe deu um tapinha nas costas com um toque suave e lento.
O que ela poderia dizer para Einsia, que foi separada de sua família aos cinco anos de idade?
O consolo foi bastante doloroso para ela.
Então agora, o melhor foi abraçar Einsia sem dizer uma palavra e dar um abraço nela para que ela saiba que não está sozinha.
— Não realmente… hick.
Einsia se sentiu constrangida com o abraço repentino de Lizelle, mas sua mandíbula tremeu e ela chorou pelo contínuo toque quente de seus braços.
Parecia que ela estava dizendo a ela que entendia tudo. Ela começou a chorar porque o toque e o abraço pareciam reconhecer tudo.
— Buaaa!
As lágrimas pesadas que ela suportou caíram sobre os ombros de Lizelle.
Einsia chorou como uma criança por muito tempo, enterrando o rosto nos braços de Lizelle.
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— Vamos fazer as malas e descansar um pouco.
A empregada disse aos criados que eles voltariam tarde da noite.
Não muito tempo atrás, os servos que limpavam e administravam a vila do Duque de Halos sofreram uma intoxicação alimentar, paralisando os negócios da vila.
Inevitavelmente, Chester ordenou que a empregada-chefe enviasse alguns quantos servos fossem necessários para administrar a vila, e os servos retornaram hoje.
As empregadas ao lado do cavalo da empregada-chefe assentiram. Elas fizeram as malas e foram para o quarto.
Regina também estava no grupo.
— Oh sério? Meu Deus, o duque é uma pessoa tão gentil.
A empregada que passava na frente de Regina fez um estardalhaço ao saber o que havia acontecido na mansão.
— Hoje é boutique, amanhã trarão joalherias. Eu não posso acreditar que ele está fazendo isso por sua esposa. Não é fofo?
Elas gostaram do grande tópico de discussão na mansão hoje e coraram como se tivessem se tornado a pessoa que recebeu os presentes.
Enquanto isso, os olhos de Regina, que ouvia baixinho ao lado delas, aos poucos escureceram.
Ela concentrou tanta força nas veias de suas mãos e olhos que sua mala quebrou.
— Não te deixarei ir.
Enfurecida, Regina cerrou os dentes e murmurou.
*Tudo deveria ser meu. Mas como você se atreve a tirá-lo?”
Ela nunca vai perdoar aquela garota.
•━━━ ✽ • ✽ ━━━•
— Sinto muito…
Einsia bufou e engoliu as lágrimas. As pontas dos olhos e do nariz estavam vermelhas de tanto chorar.
— Einsia, você não fez nada de errado. Porque você está se desculpando? Não é ruim chorar.
Lizelle segurou as mãos de Einsia enquanto ela se sentava na cama e falava baixinho.
As duas estavam no quarto de Einsia antes que elas percebessem.
As lágrimas mal pararam nos olhos de Einsia por causa do quanto ela havia suportado.
Quando ela parou de chorar, os ombros de Lizelle estavam encharcados.
— Mas quando eu choro, meus pais se preocupam…
Einsia inclinou a cabeça com uma expressão sombria. Sua longa cabeça de cabelo prateado mergulhou para baixo.
— Se eu fosse o Marquês, ficaria ainda mais chateado ao descobrir que Einsia não podia chorar porque estava preocupada com seus pais.
— Mas….
— Einsia.
Ao ouvir a voz de Lizelle, Einsia levantou lentamente a cabeça.
— Tudo bem se você não se sentir bem. Tudo bem não ser perfeita. Seus pais te amam, não importa o que aconteça.
— …
Com essas palavras, lágrimas brotaram nos olhos de Einsia novamente.
O rosto sorridente de Lizelle apareceu em sua visão embaçada.
— Mas meus pais ficarão chateados com os eventos de hoje, então podemos manter isso em segredo?
Preocupada que ela pudesse se machucar, Lizelle disse em um tom suave, enxugando os olhos.
— Sim…
Einsia assentiu várias vezes.
Seus pais sempre amariam quem ela era, mas ela não queria os preocupar.
Lizelle deu um tapinha na cabeça de Einsia, que era maravilhosa, e se deitou na cama.
— Vamos, deite-se ao meu lado.
Einsia olhou para Lizelle com uma cara de perplexidade, Lizelle sorriu e deu um tapinha no espaço ao lado dela.
— Eu posso dormir sozinha.
— Eu sei, mas eu quero dormir com Einsia esta noite. Não posso?
Einsia mexeu os dedos e hesitou.
Ela então cuidadosamente se deitou ao lado de Lizelle.
Não era algo para se preocupar profundamente.
Dormir com alguém era o que ela queria.
Ela não se sentiria sozinha se houvesse alguém com quem compartilhar calor na cama fria.
Lizelle sorriu para Einsia, que estava deitada ao lado dela, e puxou o cobertor sobre ela.
Einsia revirou os olhos com uma expressão ligeiramente nervosa.
Mas logo, o toque quente que acariciou seu coração a fez se sentir à vontade.
Ela agarrou o cobertor em suas pequenas mãos e hesitou por um longo momento antes de fechar os olhos e dizer:
— Lizelle, eu realmente não gosto de pimentão…
— Hm?
Os olhos de Lizelle se arregalaram com a confissão repentina.
— Foi uma mentira dizer que eu não era exigente…
— De verdade? Então, da próxima vez, vou tirar os pimentões verdes da comida de Einsia.
Lizelle respondeu com um sorriso e entendeu o que ela queria dizer.
Quando os quatro comeram mais cedo, ela parecia estar muito preocupada com o fato de ter dito que não era uma comedora exigente.
— Mas ser exigente é uma coisa ruim…
— Eu também não gosto de pimentão.
— Lizelle também?
Seus olhos, que eram tão grandes e pareciam chocados como se tivessem saltado, se voltaram para Lizelle.
— Sim, então Einsia, você não precisa se forçar a comer o que não gosta.
— Sim…
Para esconder as bochechas coradas, Einsia levantou o cobertor e enxugou os olhos.
Na verdade, ela queria ouvir isso.
Ela realmente queria ouvir o que Lizelle disse a Raphelion, dizendo que estava bem e que não tinha problema.
— Ha ha…
Einsia continuou sorrindo.
Era tão confortável e agradável estar com Lizelle, que ela a via como ela era e que estava tudo bem.
— Boa noite, Einsia.
— Sim. Boa noite, Lizelle.
As duas adormeceram encostadas uma na outra com rostos muito relaxados.
E naquele dia, Chester teve que passar a noite sozinho.