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4835-cap-14

Tradutora: Hori

Capítulo 14
 

Chester voltou ao mercado hoje. Era porque ele queria terminar de decorar o quarto do garoto antes de encontrar Raphael. Uma criança que acredita que deve estar viva. Raphael era o filho de Lord, o guardião e amigo íntimo que ele mais amava. Ele nunca tinha conhecido o menino antes, mas Chester queria criar Raphael sem perder nada. Por mais que recebesse o amor do irmão, ele queria dar-lhe tudo o que tinha para preenchê-lo e amá-lo. Para ele, Lorn era um substituto de seu pai. A razão de ele ter visitado o mercado hoje foi porque seu irmão disse que Raphael gosta de ver estrelas.

 

—Quando vejo seus grandes olhos vermelhos encarando as estrelas, me sinto feliz. Quero proteger esse pequeno ser precioso.

Com isso em mente, Chester comprava itens em forma de estrela sempre que tinha tempo. No teto, as estrelas foram desenhadas em tinta fluorescente mágica, e tudo, desde molduras, em forma de estrela a brinquedos, era tudo em forma de estrela. O quarto de Raphael já estava saturado com itens em forma de estrela, mas ele ainda sente que eles estão faltando.

Talvez essa fosse outra maneira de expressar sua saudade do irmão. Chester olhou ao redor da tenda e estendeu a mão para encontrar um globo de neve contendo uma grande estrela. Globos de neve brilhantes eram definitivamente algo que as crianças adorariam. No entanto, não foi um globo de neve que ele pegou, mas uma mão branca e quente. Ele rapidamente levantou a cabeça e olhou para o lado.

Lá estava Lizette, que fez uma careta, tão distinta, que o fez reflexionar sobre a possibilidade de tal. Ele mesmo não gosta muito da situação, mas sua atitude o deixou bastante zangado.

 

—O que há com esse olhar? Eu o peguei primeiro.

 

Lizette disse ironicamente. Ela tem uma expressão no rosto que ele não entendeu. Ela apertou ainda mais a bola de neve que pegou e puxou-a em sua direção, mas Chester também deu sua força, mostrando que não ia recuar. Seus braços ficaram tensos.

 

—Vocês dois têm um bom olho. É uma bola de neve mágica, então quando você aperta o botão embaixo, a luz se acende.

 

Era algo que Raphael gostaria. Objetos brilhantes são suficientes para chamar a atenção da criança. Lizette forçou os olhos em direção a Chester com uma pressão silenciosa para soltá-la primeiro. No entanto, era uma ameaça que não funcionava para ele, como um tijolo sólido.

 

—Esta é o último item do tipo que resta. Ho-ho ho.

 

Com as palavras do proprietário, os dois se encararam e ficaram mais ansiosos para ter o globo de neve. 

 

—Duque, eu peguei primeiro, então deixa para lá.

—Eu peguei na mesma hora. Desista você.

 

Os dois gatos, com os pelos eriçados, rosnaram um para o outro.

O proprietário estava intrigado por fora, mas não conseguia esconder sua satisfação por dentro.

 

—Você tem o hobby de colecionar coisas de bebê?

 

Um homem adulto e uma mulher nobre brigam porque não conseguem desistir de uma pequena bola de neve.

 

—Mãe, olha só! Adultos brigam por brinquedos também!

 

O menino que passava pelo mercado, segurando a mão da mãe, gritou ao ver as aparições de Chester e Lizette. 

 

—Shh! Não fale sobre isso!

—…

—…

 

A mãe percebeu que ela era um nobre depois de vê-la e rapidamente deixou seu lugar enquanto tentava se juntar ao menino. Outras pessoas também olharam para os dois e riram de si mesmas, mas os dois não se importaram nem um pouco.

Em vez disso, Lizette esperava que Chester, que valorizava o rosto, não pudesse suportar a situação e o deixasse ir primeiro. 

 

—Não me importa.

 

Mas esse cara, como uma fortaleza impenetrável, nem liga para os olhares ao seu redor. Lizette achava que sua tenacidade era ótima, mas por outro lado ela não conseguia entender, ele não desistia por causa do orgulho, mas para que ele iria usar esse brinquedo. "Você realmente tem um hobby de colecionar essas coisas?"

 

—Eh? O mordomo veio com você?

 

Lizette, que nunca poderia perder, disse, olhando para trás de Chester, a surpresa estampada em seu rosto.

 

—O que?

 

Foi o momento em que Chester virou a cabeça, imaginando o que aconteceria com Lohan porque ele estava definitivamente sozinho. Lizette puxou a bola de neve com força. 

 

—Quanto?

 

A vencedora de hoje foi Lizette. Ela pagou o preço ao proprietário com a bola de neve. Chester olhou para sua mão vazia com espanto. Seus olhos vermelhos tremeram ligeiramente com o absurdo de ser submetido a um truque tão superficial.

Lizette, que recebeu o globo de neve embrulhado, sorriu largamente para o mudo ster. Uma sensação de satisfação por ter vencido novamente hoje.

 

—Não vai embora?

 

O passo elegante e confiante avançou leve como uma pena. Chester sorriu levemente quando viu Lizette se afastar primeiro com um sorriso. Ele não se sentia chateado ou derrotado como ontem por algum motivo.

Seu sorriso suave e ensolarado era tão brilhante quanto o de uma criança. Ele se perguntou quando foi a última vez que viu alguém sorrir tão sinceramente recentemente. Todos ao seu redor eram os únicos que escondiam suas emoções e risadas pretensiosas. Pessoas nojentas. No entanto, ela riu inocentemente por causa de um único brinquedo. "Que mulher estranha." Não. Não. Ele balançou a cabeça e endireitou o sorriso que não sabia que estava expressando.

O que mais um golpista não pode fazer? Não eram eles que sempre conseguiam criar um sorriso sincero? Chester caminhou atrás dela, pensando que ela era muito mais hábil do que ele pensara originalmente.

Além da bola de neve,não tinha mais nada de que gostasse ali e era bom vê-la de perto.

 

 —Hmmmm…

 

Lizette deixou o mercado, cantarolando com o coração feliz. Era bom pensar que Raphael gostaria da bola de neve. Ainda mais porque ela o comprou depois de vencer aquele duque.

Ela não queria perder para ele por causa do que aconteceu ontem. "Eu tenho que voltar rapidamente. Raphael está esperando por mim." Lizette caminhou mais rápido para retornar à carruagem. Inesperadamente, alguém gritou, com um ruído estridente de um lado para o outro: 

 

—Anda! Deixa-me passar!

 

Quando Lizette virou a cabeça, um carrinho com uma grande carga estava correndo em sua direção. Seu corpo frágil se inclinou para o lado e se virou para o lado, pois ela estava preocupada que ele fosse bater nela. 

 

—Oh, olá…

 

A ponta de seu nariz que atingiu algo formigou. Lizette esfregou o nariz, ergueu a cabeça e viu o Chester abaixo dela. Os dois corpos estavam em contato próximo um com o outro.

 

—Você está bem?

 

Dois pares de olhos se encararam. Uma voz tão dura quanto os braços que abraçavam sua cintura perfuraram suas orelhas. Aparentemente, ele a salvou de quase bater no carrinho.

 

—Sim, estou bem.

 

Lizette se levantou contra seu peito de pedra. Ela se afastou de seus braços, tentando evitar a situação embaraçosa tanto quanto possível. Chester também levantou e limpou as roupas manchadas de sujeira. O calor que ele sentia em seus braços já se foi.

 

—Sinto muito, sinto muito, duque.

 

Implorou o proprietário da carroça, ajoelhando-se na frente de Chester. Ele quase feriu um nobre, então não tinha mais nada a dizer. 

 

—Tenha cuidado.

 

Mas, contrariando as expectativas, Chester falou com o proprietário com uma cara franca e coletou apenas itens que haviam caído do carrinho.

Sinto muito. Sinto muito. Eu vou!

O proprietário curvou as costas e pediu desculpas. Chester pegou os itens caídos e os colocou no carrinho. Lizette, que não podia apenas assistir, também deu uma mão. Com tantas mãos ajudando, a tarefa terminou rapidamente. 

 

—Desculpe, muito obrigado.

 

O proprietário disse várias vezes, arrastando o carrinho e desaparecendo.

Chester arrumou o cabelo. Havia linhas vermelhas espalhadas em sua mão grande. O olhar de Lizette caiu em sua mão. Um pedaço de pele na ponta de seu dedo se soltou quando ela bateu no chão enquanto eles caíam enquanto a protegiam.

 

—Você machucou a mão.

 

Seus olhos vermelhos inexpressivos procuraram a ferida e responderam:

 

—Não se preocupe.

—Não importa.

 

Lizette resmungou em direção à retaguarda de Chester, mesmo que ela estivesse preocupada. "Ele não disse mais nada, então não vou dizer nada também." Lizette, que estava expressando sua insatisfação, imediatamente sorriu suavemente como se já estivesse fazendo isso quando seus olhos encontraram os dele quando ele olhou para trás. Foi uma mudança inteligente de expressão. 

 

—Obrigado pela ajuda.

 

Em qualquer caso, ele a salvou, então ela ainda tinha que expressar seus agradecimentos.

 

—Vamos.

 

Chester olhou para o sorriso de Lizette e se virou. "Hum. Isso é incrível. Sei que os nobres valorizam a face e o prestígio, mas ele é diferente. Não repreendeu o proprietário do carrinho Inesperadamente. Mas essa foi toda a impressão dele."

Lizette seguiu os passos de Chester, que foi primeiro. E depois de um tempo, apareceu um homem encapuzado preto que observava as duas pessoas que se afastaram.

Os olhos desse homem se voltaram para os dois que deixaram o mercado.