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4832-cap-137

 

Tradução: Hori

Capítulo 137

 

 

 

Chester cortou desesperadamente a distância através da neve que se acumulava até seu tornozelo, bloqueando seu caminho.

Então, ele viu uma mão familiar enterrada na neve, que ele pôde observar de longe, era a mão que o esperava há muito tempo.

Como poderia não saber?

Ela era sua amada, a quem ele nunca esqueceria.

 

— Lizelle!

 

Para ficar na frente dela imediatamente, ele quase escorregou, então rapidamente começou a cavar na neve.

A neve fria em sua pele ardia, mas ele continuou a cavar, não importava o que acontecesse, como um homem que não podia sentir dor e pensar que suas mãos estavam na neve congelada. Tudo porque ele não conseguia parar de se preocupar com ela.

Ele cavou como um louco e finalmente encontrou Lizelle, que lutava para abrir os olhos com o rosto pálido.

 

— Ahh… Lizelle… Lizelle.

 

Ele rapidamente a segurou nos braços e, contendo as lágrimas, tirou o paletó e envolveu o corpo frágil, depois tirou os sapatos sem hesitar, para que ela não ficasse descalça.

Os pés expostos de Lizelle tinham feridas por toda parte e estavam endurecidos…

Chester mordeu o lábio, porque a visão dela fugindo descalça chamou sua atenção.

Como deve ter sido doloroso, esse pensamento fez seu coração arder como se estivesse no inferno.

Ele tirou a neve dos pés da garota com as mãos e calçou os sapatos dela. “Eu deveria tê-la encontrado antes, não, na verdade eu deveria ter impedido que isso acontecesse em primeiro lugar.”

Ele se sentia culpado, porque certamente era o responsável por tudo.

 

— Chester…

 

Lizelle, que manteve os olhos abertos enquanto sentia o calor cobrir seus pés, lutou para abrir os lábios.

O rosto que ela tanto desejava estava à sua frente e não era um sonho, assim como o calor de todo o corpo dela era tão claro quanto o dele.

 

— Eu… estou muito atrasado… me desculpe… me desculpe…

— Estou feliz… pensei que nunca mais veria você…

 

Ela disse a ele, incapaz de terminar suas palavras.

As lágrimas que ela estava segurando com tanta força depois de ser sequestrada derramaram fora de controle pelo alívio que ela sentiu por estar em seus braços.

A situação toda era assustadora, então ela estava com medo de morrer e ansiosa por nunca mais ver a pessoa que amava, mas fingiu na frente deles. Ela estava apenas fingindo estar bem para não ceder ao inimigo.

 

— Huh…

 

À medida que o medo diminuía, Lizelle começou a derramar as lágrimas que havia contido, então Chester, ao vê-la, sentiu seu coração partir e mordeu os lábios trêmulos.

Cada gota de suas lágrimas parecia ter se transformado em fogo e tocado seu coração. Como ela deve ter ficado assustada.

Seu coração estava em chamas.

 

— Me desculpe… eu… eu… eu… eu… sinto muito.

— Ah, senti sua falta…

 

Lizelle agarrou a gola da camisa de Chester e enterrou o rosto em seu peito, e naquele momento, lágrimas brotaram nos olhos do homem de cabelos negros, pois as palavras sinceras derrubaram a ansiedade que se acumulava em seu coração.

O Duque estendeu a mão e segurou o rosto lacrimoso da garota, sua temperatura fria enchendo suas mãos calorosamente como o sol da manhã.

 

— Tive medo de te perder…

 

Com lágrimas ainda caindo, ela confessou com a voz trêmula, mas era por causa de seu coração que ele não podia responder com sinceridade, pois tinha sentimentos de culpa.

 

— Não consigo nem imaginar a vida sem você…

 

As lágrimas, que escorriam silenciosamente, representavam sua mente.

Ele não chorou quando morreu o pai, a quem ele não amava tanto ou seu irmão. Seu pai era o pior de todos, e por causa dele nunca havia sentido o carinho de sua família, por outro lado, não teve tempo de lamentar a morte de seu irmão.

Mas assim que Chester a encontrou segura e a segurou em seus braços para manter a temperatura desejada, ele não aguentou mais e ficou aliviado porque os laços que poderiam mudar sua vida ainda permaneciam com ele.

Ele estava tão agradecido pelo fato de estar ao seu lado novamente.

Lizelle era única no mundo, preciosa e insubstituível.

 

— Chester.

 

Ao vê-lo chorar, Lizelle cuidadosamente enxugou as lágrimas de suas bochechas com as mãos frias, mas quando tocou seu rosto sentiu sua pele seca.

Ela poderia dizer apenas olhando para o rosto dele, mais magro do que antes, o quanto ele deveria estar procurando por ela.

 

— Estou bem.

 

Cheio de lágrimas, seus lábios se curvaram levemente em um sorriso.

Não importava mais o que aconteceu com ele ou com a família de Chester, porque a única coisa que importava agora era o fato dele tê-la encontrado novamente e poder voltar para sua amada família.

 

— Eu não vou deixar você ir de novo, nunca mais.

 

Pegando a mão de Lizelle, que tocava sua bochecha, ele recitou como se estivesse fazendo um juramento, para que nunca mais perdesse essa mão.

 

— Sinto falta do Raphelion.

 

Lizelle deu um leve sorriso e encostou a testa na de Chester.

Seus corações estavam quentes o suficiente para derreter a neve acumulada.

O homem beijou sua testa e olhos, então se levantou como se estivesse segurando algo precioso.

 

— Sim, vamos voltar para Raphelion.

 

Enquanto caminhavam, ele respondeu com uma voz amigável que era dirigida apenas a ela.

Segurando-a com força para que o vento frio do inverno não ousasse tocá-la, eles voltaram juntos para casa.

 

•━━━ ✽ • ✽ ━━━•

 

Raphelion, que chorou por dois dias e duas noites, finalmente desmaiou de desidratação.

 

— Lizelle…

 

Mesmo dormindo, ele não pôde deixar de franzir a testa, como se estivesse procurando pela mulher.

Einsia, que estava com ele, lutou contra as lágrimas, porque sem o duque presente, ela deveria proteger Raphelion.

Porém, como a ansiedade era incontrolável, a menor mordeu os lábios, temendo que algo ruim acontecesse e o garoto não despertasse.

Seus lábios estavam sangrando com a confusão de pensamentos.

 

— Senhorita, estarei ao lado do jovem mestre, então, por favor, descanse um pouco.

 

Lohan disse a ela quando entrou no quarto e olhou para Einsia com uma cara preocupada.

Incomodou-o que ela, que é muito apegada ao seu jovem mestre, não dormisse o dia todo.

 

— Não, eu vou ficar com Raphelion. E se ele sentir dor quando eu não estiver por perto…?

 

A menina balançou a cabeça e insistiu, pois não conseguia soltar a mão do amigo, que ainda lutava contra os pesadelos, pois sentia que cairia em um abismo mais profundo no momento em que o soltasse.

 

— Senhorita…

 

Lohan ficou magoado com a atitude de Einsia de assumir a responsabilidade até o fim, foi como se ela tivesse engolido água amarga vendo que ela estava tentando resistir em uma idade tão jovem, de alguma forma como adulta.

Ele olhou pela janela para o sol da manhã.

Fazia tempo que ele não sabia que vinha alguém, então a qualquer momento ele poderia aparecer.

Logo depois, uma carruagem parou do lado de fora da porta da frente e Lohan desceu correndo para encontrá-la.

 

— Lohan.

 

O homem que viu o secretário descendo as escadas pronunciou seu nome com familiaridade.

 

— Bem-vindo, Marquês, Marquesa.

— Onde está Einsia agora?

— Eu vou levá-los até a senhorita.

 

Lohan rapidamente escoltou as duas pessoas, que pareciam estar com pressa, até o quarto do jovem mestre, pois ela não suportava ver o mais novo resistir sozinho.

Agora ela também precisava de apoio, então ele contatou com urgência o Marquês e a Marquisa Heneron para correr para a residência do Duque.

 

— Ela está com o jovem mestre.

 

Explicando brevemente a situação, ele abriu a porta com um estrondo.

 

— Einsia…

 

Quando o Marquês viu que sua filha segurava a mão de Rap9hael com força, ele a chamou, fazendo com que a cabeça da jovem se virasse lentamente em direção à voz familiar.

 

— Uh, mãe, pai…

 

Seus olhos lacrimejantes tremiam alto, porque mesmo em seus sonhos, seus pais estavam à sua frente.

 

— Venha, meu bebê

 

A marquesa, que tinha uma tez ruim, agachou-se e abriu os braços para Einsia.

 

— Mãe!

 

Finalmente, Einsia pulou nos braços de sua mãe enquanto chorava como uma criança. Quando ela viu seus pais, sua determinação de crescer desapareceu como um castelo de areia sendo levado pelas ondas.

 

— Ah, estou com medo… estou com tanto, tanto medo…

 

Com lágrimas nos olhos, Einsia confessou seus sentimentos nos braços acolhedores de sua mãe, fazendo sua mente ansiosa desaparecer do nada e uma sensação de alívio tomar conta dela.

 

— Sinto muito, bebê. Eu coloquei muita pressão em você.

 

A marquesa afagou os cabelos da filha com um toque meigo e carinhoso, e afagou-lhe as costas enquanto o marquês também chorava ao ver as lágrimas da filha. Então ele abraçou sua família.

Nesse momento, Tia correu para o quarto de Raphelion com passos pesados ​​ecoando no corredor.

 

— O Mestre está voltando!

— E a senhora…?

 

Lohan emitiu uma voz trêmula de ansiedade, e todos na sala prenderam a respiração, esperando a resposta da criada.

Assim, antes que ela percebesse, as lágrimas pararam até mesmo nos olhos de Einsia.

 

— …

 

Depois de um silêncio sinistro, Tia gritou com uma expressão de alívio no rosto.

 

— Ela está com o mestre!