Home Post 4619-cap-33

4619-cap-33

Tradução: LadyDragon

 

Revisão: Hori

 

Capítulo 33 – Suborno (2)

Observando os servos em silêncio, uma mulher cujo cabelo fazia parecer que sua cabeça era maior do que o resto, ignorando-os, estendeu um cinzeiro para seu rei, no qual Ishakan efetivamente deixou cair as cinzas de seu cigarro aceso.

— Genin.

Ele reconheceu.

— Onde está Haban?

— Ele está examinando a sala da conferência.

Ela respondeu.

— Ele me disse que queria compensar a pequena confusão de ontem à noite.

Seu tom era arrogante enquanto usava palavras diretas. Poderia ter soado como se ela estivesse defendendo Haban, mas Ishakan sabia o porque enquanto despejava mais cinzas e soltava outra baforada de fumaça.

Na noite anterior, a Princesa Leah testemunhou um vislumbre da verdadeira natureza de um Kurkan. Ele preferia que ela não visse, ela não precisava ver.

Certamente, teria sido melhor se Haban tivesse conseguido a tirar de lá antes do acontecido, mas Ishakan estava começando a pensar que talvez fosse algo que não poderia ser evitado naquela circunstância.

— O que eu poderia fazer?

Ele perguntou a ela.

— Eu nasci assim, não posso esconder isso pelo resto da minha vida.

— Eu sei mas-

— Eu também não sou alguém que se assusta facilmente.

Continuou ele interrompendo a mulher acompanhado de um sorriso afetuoso nos lábios.

— Você viu como ela foi corajosa? Em vez de ficar amedrontada e assustada, ela está trabalhando ainda mais, se preocupando com o que viu na noite passada.

Ishakan soltou um suspiro.

— Não sei como usar ela em nosso proveito na negociação.

Ele admitiu enquanto jogava fora o cigarro, o colocando no cinzeiro enquanto se aprontava.

— Ela sempre foi assim, tão desprovida de medo.

Seus indisciplinados cachos castanhos foram penteados para trás, eliminando qualquer obstáculo para revelar seus olhos afiados e sua testa. A gola de sua roupa era gravada com bordados coloridos incrustados com fios de ouro. Os criados cuidadosamente o encheram com pequenos botões, um a um, e os ajeitaram com cuidado para que o tecido não amasse.

— Quando as negociações começarem, acho que a parte mais complicada será a princesa, já que ela é o núcleo da família real.

Ele se preocupou.

— Mas a negociação é só uma desculpa, certo?

— Sim, mas…

Ishakan segurou o cigarro de tabaco em suas mãos mais uma vez, flutuando perto de sua boca. Ela era uma das muitas razões pelas quais ele foi para Estia, mas parecia que Leah estava se tornando cada vez mais a prioridade do que qualquer outra coisa. Ishakan suspirou e soltou fumaça, perdido em seus pensamentos.

— Mas isso continua me incomodando.

Ele terminou suavemente.

Genin não sabia a quem Ishakan estava se referindo, mas ela podia entender perfeitamente, ela o fitou enquanto perguntava sua suspeita.

— Você não tinha vindo aqui para retribuir a bondade dela? Você está interessado nela?

Enfim perguntou e em vez de receber uma resposta, Shakan apenas ofereceu a ela um sorriso malicioso, o que deu a Genin uma imagem clara do que ele estava planejando.

— Você quer fazer dela sua noiva.

Ela afirmou e Ishakan soltou uma gargalhada.

A ideia em si era absurda.

— Você pensa demais como um Kurkan, precisa se lembrar que ela é Estiana.

— Por que isso deveria importar?

Ishakan deixou escapar um suspiro.

— Apenas não olhe para isso da perspectiva dos Kurkans.

Com a declaração, as sobrancelhas de Genin franziram com seus pensamentos e logo ficaram em silêncio por um curto tempo antes de voltar a falar mais uma vez.

— Será um caminho difícil.

Ela disse em resposta para ele.

Na verdade, era uma coisa complicada de mais para Genin entender, ela se casou com o marido quando estava presa em cativeiro que era o jeito Kurkan de se fazer as coisas, assim como para eles não importava que Leah já estivesse prometida a Byun Gyongbaek.

Ishakan tomou seu tempo para formular uma resposta enquanto escolhia qual acessório ele iria usar naquele dia, particularmente o único ao redor de seu pescoço.

— Um passo de cada vez.

Ele disse.

— Vamos começar com o banquete de hoje.

Genin acenou com a cabeça em aceitação antes de olhar as joias também.

— O da direita parece que se adequa melhor a você.

Ela indiciou prestativa e Ishakan acenou com a cabeça.

Ele pegou o colar, aquele com um rubi vermelho ardente como peça central. A porta se abriu quando um servo Kurkan entrou e parou logo atrás deles.

— Vossa Majestade, ele chegou.

O servo disse a ele e Ishakan se endireitou.

A pessoa que eles estavam esperando finalmente tinha chegado, Ishakan recebeu o espelho de mão que outro servo entregou a ele e verificou como estava.

— Deixe-o entrar.

Ele ordenou e o criado obedeceu rapidamente deixando a sala mais uma vez. Quando a porta se abriu novamente um homem de meia-idade entrou.

Seu traje era adequado para o banquete, apesar de ter sido modelado em grande parte com o mais recente estilo de roupa estiano, sem dúvida ainda se destacaria na multidão mesmo entre os Kurkans.

Ele tinha uma aura confiante ao seu redor enquanto se mantinha em pé e reto, mas apesar de sua bravata, ele não conseguia esconder o suor frio que estava começando a se formar em suas têmporas. Seus olhos percorreram a sala antes de parar em Ishakan, encontrando seus olhos dourados. Engoliu em seco brevemente e ficou parado.

— Acredito que este seja o nosso primeiro encontro.

Ishakan começou e o homem deu um aceno conciso.

— Sim, é um prazer finalmente conhecer o Rei dos Kurkans.

O homem respondeu, Ishakan sorriu para ele apesar da saudação tardia.

— Por favor, não fique nervoso, eu não mordo.

Ele disse, o homem apenas soltou uma risada leve antes que o silêncio reinasse mais uma vez. Ele não sabia mais como responder a leve provocação.

— Na verdade, os Kurkans não comem humanos.

Genin acrescentou com um sorriso genuíno e embora fosse para deixar o homem à vontade, ele ainda não estava. Genin recuou quando Ishakan se aproximou para finalmente apertar a mão do homem antes de apontar para a cadeira próxima.

— Por favor, sente.

Oferece Ishakan.

— Temos muito o que discutir.

Ele acrescentou, mas o homem não se mexeu um centímetro permanecendo em pé.

— Não direi nada que possa prejudicar Estia.

Ele logo esclareceu quando Ishakan falou.

“Eu vejo que este homem não se deixa enganar facilmente com sorrisos. Será que é por isso que Leah o mantém por perto? Ela tem um bom senso para as pessoas, devo admitir.”

Ishakan meditou para si mesmo antes de deixar escapar uma risada leve.

— E você não vai precisar.

Ele assegurou.

— Mas não é por isso que você está aqui.

Ele sinalizou para seus servos e um deles se moveu para trazer uma caixa que estava apoiada no canto da sala, se aproximando dela enquanto falava.

O homem não queria saber de nada que a caixa poderia conter, mas quando o servo a abriu, seus olhos se arregalaram ao ver o que havia dentro. Vendo sua reação, Ishakan se moveu para o lado dele, sussurrando bem ao lado de seu ouvido…

— Tudo que eu quero é ser próximo a você.

Depois de proferir aquilo, Ishakan se afastou quando o homem olhou para ele com cautela.

— Conde Valtein.