4457-cap-17
Tradução: Hori
Revisão: Roxi
Capítulo 17
— Fi-Fidelis.
Ao ouvir seu nome, Fidelis inclinou o rosto sobre o ombro de Hakan para olhar Iseult de pé. Quando Iseult ajeitou a bainha do vestido e corou as bochechas, ela olhou nos olhos de Fidelis, sorriu brilhantemente com lágrimas ao redor dos olhos. Ela mordeu os lábios trêmulos, endireitou o pescoço e disse.
— E-eu senti sua falta.
No final, as lágrimas que pendiam dos olhos de Iseult escorriam por suas bochechas. Em contraste com seu sorriso brilhante, as lágrimas que escorriam eram tristes e dolorosas.
*****
Iseult odiava sua própria família. Não, ela odiava seu pai. Sua mãe morreu ao dar à luz sua irmã e seu pai não tinha sentimentos por elas. Foi horrível quando ele desprezou sua irmã e ela, para trazer sua nova amante à sua casa. Ainda assim, Iseult sorriu largamente para sua única irmãzinha. Ela era a única que poderia proteger essa garotinha.
— Você é minha irmã, eu sempre vou te proteger.
A partir do momento em que começou a falar claramente, Iseult passou a falar com a irmã como um hábito. Um dia ela estava brincando com sua irmãzinha no jardim, como sempre, com uma risada radiante, coberta com uma coroa de flores cor-de-rosa deixando-a bonita.
De repente, uma grande porta se abriu atrás dela e uma mão branca saiu e arrastou sua irmã em direção à porta. A porta desapareceu como se nunca tivesse aparecido antes. A jovem Iseult, que não tinha plena consciência da situação, piscou incrédula com o que havia acontecido. Ela logo começou a chorar e procurou por sua irmã, mas não conseguiu encontrá-la em lugar nenhum.
Havia apenas uma coroa de flores muito danificada no lugar onde sua irmãzinha estava sentada. Iseult chorou e imediatamente foi até o pai e contou que sua irmã havia sido sequestrada. Mas a resposta foi…
— Finja que ela nunca existiu.
Ele era um pai que não pensava em sua irmã ou nela. Era apenas seu pai porque compartilhavam o mesmo sangue. Só isso!
“É minha irmã! Como posso encontrar ela que se foi?”
Agarrando os bolsos, o corpo jovem de Iseult olhou friamente para baixo.
“Por que isso aconteceu?”
Esse era o problema, sua aparência igual a Sahra, a assassina que só matava por prazer cuja família estava arruinada. O nome da família mudou, mas o sangue permaneceu; seu avô, o pai de seu pai que não estava na casa, tornou-se o único ser humano sobrevivente da família.
Nem toda a riqueza da família foi queimada. O vovô começou a vender todos os seus pertences e mudou seu sobrenome, e então, quando descobriu por que uma tragédia tão miserável havia acontecido, ele odiou os traços familiares que eram cabelos brancos e olhos vermelhos.
O cabelo branco era um traço familiar inevitável, mas a cor dos olhos lembrava a do pai ou da mãe geralmente. Iseult nasceu com olhos parecidos com os de sua mãe, mas sua irmã era diferente: sua mãe, pai, avô e avó, ninguém tinha olhos vermelhos.
Iseult e sua mãe morta eram as únicas que amavam sua irmã, rejeitada ao nascer. Ela era a única onde podia encontrar o amor fraternal. Iseult amava a irmã. Não havia nada que a jovem não pudesse fazer por ela. Ela era seu tudo. Este era um lugar perigoso para ela.
Ela tinha que reunir forças, chegar a uma posição em que ninguém pudesse ignorá-la e ter uma casa para morar. Para fazer isso, ele teve que começar desde o início. Iseult acumulou conhecimento, fingiu ser boa com o pai e começou a aprender um pouco sobre o trabalho da casa. Finalmente, ela começou a assumir o controle da família o suficiente para atingir seu pai pelas costas a qualquer momento.
Seu gênio e sua situação desesperadora permitiram que ela subisse mais alto. Ao mesmo tempo, Iseult, que descobriu que tinha talentos mágicos, começou a investigar a porta que a levaria até sua amada irmã, que tinha visto quando criança, estudou magia para usá-la. Um dia, ela encontrou uma porta no livro que parecia a porta que ela viu quando era criança.
“Um portão dimensional?”
Conhecendo a identidade do portal, Iseult começou a investigar as informações do portal dimensional o mais rápido possível, e é claro que ela não parou de se preparar para suceder seu pai.
Iseult, que finalmente descobriu que sua irmã havia sido levada para outro mundo por uma pessoa, chorou o dia todo.
Ela sentiu pena de sua irmã que estava sozinha em um lugar onde ninguém a conhecia, e ela pensou que isso significava que ela ainda estava viva, e ela se sentiu infeliz e triste por alguém as ter separado.
No dia seguinte, com os olhos vermelhos, Iseult voltou a mergulhar nos livros; ninguém poderia abrir a porta das dimensões. Ela tinha que trazer sua irmã, mas não sabia onde ela estava. Ela não conseguia nem abrir a porta para a outra dimensão.
Inúmeros caminhos se estendiam pelo local onde ela desapareceu, e era perigoso ao ponto que até ela poderia morrer vagando entre os caminhos, então seria impossível trazer sua irmã de volta se ela fosse pelo caminho errado. Ela não se importava se morresse para encontrar sua irmã, mas não poderia terminar assim.
Ela tinha que encontrar sua irmã que poderia estar viva e protegê-la. E ela iria. Um dia, um colega que conhecia sua situação falou com ela.
— Há uma maneira de encontrar sua irmã.
— Como?
— Sabe, a mansão dos mortos.
Era um lugar famoso. Claro que ela conhecia. Era da família de seus ancestrais e o lugar onde Sahra morava.
— Está cheio de mana. Uma vez dentro, você não pode sair, mas pode usar essa energia acumulada para encontrar sua irmã.
— De verdade?
— Mas lembre, uma vez que você estiver dentro, você não poderá sair.
Não importa. Ela poderia encontrar sua irmã e sair depois disso. Poderia resolver a maldição. A esperança estava lá, a situação estava claramente ajudando Iseult.
Bem a tempo, o imperador começou a procurar pessoas para liberar a maldição da mansão. Porque a energia escura da mansão estava se espalhando pela cidade. A situação em si parecia levar Iseult a entrar rapidamente na mansão e chamar sua irmãzinha.
Iseult aplicou sem demora. Não havia motivo para não entrar. Disse ao pai que entraria e voltaria. Naturalmente, ele não recusou. Não havia como ele não saber que as recompensas não eram poucas.
Ele não achava que ela pudesse morrer ou se machucar. Ela também não amava o pai. O povo de Iseult ficou preocupado e se opôs a isso, mas disse que a apoiava e a deixaria fazer o que quisesse.
No dia em que todos entraram juntos na mansão, Iseult estava dividida entre o vestido e as roupas confortáveis. Logo ela escolheu um vestido. Seria sua irmã que ela encontraria depois de muito tempo. Ela queria mostrar um lado brilhante e colorido e se livrar da ansiedade. Queria estar bonita.
Com isso em mente, ela foi para a mansão. Ela podia sentir as pessoas que já estavam reunidas conversando. Estava bem ciente de que a maioria tinha personalidades sujas, mas Dino era diferente.
— Você não pode vir vestida assim, não vamos a uma festa. Por que está aqui?
Iseult se moveu e olhou para Dino. Ela sorriu.
— Ah, um homem sem nome*.
— O quê? Isso…!
(*N/t: É um insulto muito forte em relação à honra.)
Enquanto Dino ofegava como se estivesse surpreso, Iseult orgulhosamente caminhou na frente dele. Em seu humor exuberante, Dino levantou o queixo para ela.
— Você acha que pode me intimidar, mas eu não sou o tipo de pessoa que se deixa levar assim. Especialmente…
Iseult não o deixou terminar de falar e o olhou de cima a baixo, franzindo a testa.
— Você é apenas um valentão.
As pessoas ao seu redor riram dele pela réplica de Iseult. Dino, cujo rosto ficou vermelho de raiva, soltou um grito profundo para ele.
— Você está louca!
— Ah, esse cheiro.
Iseult cobriu o nariz e murmurou como se estivesse realmente enojada.
— Pelo menos escove os dentes. Que nojo.
Depois de olhar para Dino com um olhar calmo, Iseult entrou na mansão sem hesitar. Seu propósito não era tirar a maldição da mansão, mas trazer sua irmã de volta. Assim que entrasse na mansão, traria aquela de quem tanto sentia falta e a colocaria ao seu lado.
Com antecipação enchendo seu coração, ela abriu a porta da mansão e entrou. Assim que entrou, Iseult estava em uma sala, não mais no jardim. Ela rapidamente pegou o chocalho com o qual sua irmã costumava brincar quando bebê e colocou-o no meio. Iseult, que desenhou um grande círculo mágico em torno dele, não se apressou e recitou o feitiço para convocar sua irmãzinha.
Quando o feitiço terminou, a porta, que inicialmente havia desaparecido com sua irmã, reapareceu e se abriu lentamente. Ao mesmo tempo, sua irmã cambaleou como se tivesse perdido a concentração, pisou no chão e parecia prestes a cair. Ela a pegou com pressa antes de desmaiar. O portão criado desapareceu, seu corpo se contorceu e desapareceu dos braços de Iseult.
— Uh, onde…? Por quê?
Ela entrou em pânico naquele momento, mas Iseult entendeu. A magia do teletransporte não estava disponível lá. Você não sabe onde vai aparecer. Portanto, era muito provável que sua irmã, sendo transferida para outro quarto, também fosse transferida para algum lugar assim que ela entrou. Ela a segurou em seus braços mesmo por um momento. Era sua irmã, que ainda era magra e bonita, que ela não via há muito tempo.
Iseult levantou-se sem demora. Encontraria sua única irmã, Fidelis, desta vez era sua vez de protegê-la.
*****
— É você, Fidelis…
Seus ombros tremeram. Lágrimas escorriam por seus longos cílios. Queria encontrar Fidelis imediatamente, mas não sentiu a magia de Fidelis que desapareceu em seus braços.
Tentou encontrá-la usando detecção de mana. Mas demorou um pouco para encontrar Fidelis.
Fidelis, que olhava para Iseult, abriu e fechou a boca várias vezes. Ela não sabia o que dizer. Hakan, que ouviu a história de Iseult, deu um passo para trás e não interferiu.
Hori: Iseult, que lindo, mds, que personagem perfeita!!
Roxi: pq uma suposta história de terror tem personagens com melhor personalidade do que histórias de romance? chocante